Em contato com o Uberaba Popular, moradora alega abandono. Michelle Soeiro tem uma casa na Rua Maria de Almeida dos Santos, desde março de 2016, quando o empreendimento foi entregue pela Construtora Lacerda e, desde então, vem sofrendo com a ausência de serviços básicos.
“Estamos completamente abandonados nesse bairro. Ano passado, invadiram a minha casa e a Polícia Militar nem foi lá para registrar o Boletim de Ocorrência. O comandante disse que tinha policiamento lá. Tudo mentira. Eu até fui na AISP do Olinda pedir a rede de vizinhos protegidos e eles nem me deram atenção. Nunca nem me disseram o nome da pessoa responsável”, desabada Michelle.
Em frente à casa da moradora, área pública tira o sossego da vizinha por conta do desleixo. O mato alto ocupa toda a extensão da rua. “Estamos cheios de promessas. Quando entregaram o bairro nos informaram que naquele local seria construído uma creche, mas até agora, o que temos é isso aí que se vê, ” diz ela apontando para o matagal.
Michelle informou que o bairro não tem um supermercado, nem postos de saúde, falta sinalização em alguns cruzamentos, falta transporte público, falta melhorias na iluminação e não tem telefone fixo por falta de cabeamento. “Eu mesma fiz um abaixo assinado para levar na Algar solicitando esse cabeamento para telefone e internet, sem sucesso. Muito pelo contrário, fomos ignorado", lamenta.
Em resposta aos questionamentos, a prefeitura diz que a demanda de mato alto em área pertencente a ela, foi encaminhada à Secretaria de Serviços Urbanos para que seja colocada na programação de serviços diários. A PMU informou que todo empreendimento possui áreas institucionais para implantação de obras públicas. Sendo assim, será estudado o melhor uso da área em questão. Também será avaliado se os aparelhos públicos que tem no entorno já não atendem esta demanda.
Em relação ao transporte público, já existe um projeto, a ser executado pela empresa responsável pelo loteamento, que abrirá uma via de acesso entre o bairro Ilha de Marajó e o Parque do Colibri, permitindo que a linha passe dentro do bairro. No caso da iluminação pública, a nota esclarece que as instalações foram realizadas pelo loteador do residencial, de acordo com as normas da Cemig e que serviços privados, como internet e telefonia, não são responsabilidade da administração pública.
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