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Como não fotografar, se foi a beleza daquela imagem que chamou atenção da reportagem em busca de um novo personagem?
Dona Gerônima e a sua árvore estão no mesmo lugar há quarenta e sete anos. “Eu casei e vim morar aqui, logo plantei ela e nunca mais saímos daqui”.
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Há alguns meses, Gerônima ficou doente e precisou passar um tempo na casa de uma das filhas. “Entrou ladrão aqui e levou tudo que eu tinha, mas tá bom”, sorriu. “Agora não tenho mais nada, nem televisão direito. Eu tenho aquelas televisõezinhas pequenas portátil. Você já viu?” Mostrou com as mãos o tamanho da tv, de 7 polegadas.
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Separada, a divertida senhora disse que o ex-marido casou de novo. “Ele teve outros filhos pra lá, tem dois netos. Mora no Alfredão, mas agora tá viúvo”.
E não seria o caso de vocês se fazerem companhia agora? “Não! Agora ele tá um trapo! Eu estou velha, mas ele tá mais doente que eu! A filha dele toma conta. Se juntar dois velhos doente, o que que vira isso?”, perguntou com uma boa gargalhada!
Teríamos ficado a tarde toda proseando com Dona Gerônima naquele muro, à sombra da árvore, mas precisamos nos despedir. “Vou sair na televisão?”
Não. Na internet, Dona Gerônima. A gente volta para lhe mostrar.