O meia é lembrado até hoje como um dos grandes nomes do Colorado. Ídolo de gols e jogadas lindas, depois do Santos, foi para o Palmeiras, Fluminense e, em meados dos anos 80, retornou ao clube da infância e, após um empréstimo para o Bahia, voltou para encerrar a carreira em casa, no USC.
Dono de um vasto repertório de causos e piadas, o ex-jogador é reticente quanto ao “futebol moderno”. Dos anos em que defendeu o Uberaba, tem várias recordações. Uma delas é a campanha no Mineiro de 1973, quando o Zebu foi campeão do interior.
“Ganhamos do Cruzeiro de 3 x 1 no Mineirão. Depois perdemos um monte de gol contra o América. Era um quadrangular com os times de lá (Belo Horizonte), só jogava lá, era tabela dirigida. Eles ‘estavam mortos’ se a gente jogasse aqui”, comenta. “O jogo contra o Santa Cruz (em 1983) também foi marcante. A gente tinha que ganhar de 5 x 0 para ir para a Taça de Ouro, e no finzinho o Simões fez o quinto gol”.
Para Toinzinho, jogar no Uberaba foi realizar um sonho dele e da família. “Na minha família todo mundo era torcedor do Uberaba. Joguei desde os 8, 9 anos lá. O Uberaba significou tudo pra mim”.
Gol e desculpas
Torcedor do Corinthians, Toinzinho, em um jogo em que defendia o Santos, fez o gol da vitória de 1 x 0 do Peixe sobre o Timão. Ossos do ofício. Depois da partida, enviou um telegrama ao tio, que tinha o apelido de Chefão, e que era também um fanático torcedor do Coringão. “Perdão, tio Chefão”, dizia a mensagem.