Quando chegou para trabalhar, pela manhã, o comerciante Romeu Sebastião notou que os cadeados de uma das portas estavam serrados. “Eles reviraram tudo, gavetas ficaram no chão, documentos espalhados, levaram o computador”.
Em alguns dos boxes de comercialização, os criminosos entraram pelo telhado. Conseguiram arrombar cofres e levaram notas fiscais e documentos. Rodolfo Faria trabalha na Ceasa há mais de 20 anos e conta que os ladrões tiveram acesso ao dinheiro que estava guardado. “Eu tinha deixado R$ 700 para o troco e levaram embora, é muito difícil para o trabalhador engolir uma situação dessas”.
Na empresa em que Rogério Henrique Shitara trabalha a situação está ainda mais complicada. É que os bandidos levaram três caminhões. A comerciante Maria Viviane da Costa está revoltada e lembra que cada permissionário paga mais de R$ 800 por mês com aluguel e condomínio que deveria, além dos serviços de limpeza e conservação, agregar segurança.
Na prefeitura, o secretário adjunto de agronegócio Carlos Dalberto de Oliveira Júnior explica que a gestão da Ceasa era compartilhada, mas o contrato venceu em dezembro e a unidade estadual não demonstrou interesse em renovar. “Nós tínhamos uma parceria, mas a verdade é que a Ceasa Minas está sucateada e não têm mais condições de ficar responsável pela gestão do local. A prefeitura faz o que é possível para manter o serviço dos comerciantes”.