A greve dos professores da rede estadual de educação foi suspensa e os trabalhos devem ser retomados no dia 17 de abril, após a semana santa. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG), a decisão foi tomada após a assembleia geral realizada nesta quinta-feira (6), em Belo Horizonte.
Nesta sexta-feira (7), os servidores do estado se reuniram na Escola Estadual Professora Corina de Oliveira, para discutirem sobre os acordos apresentados pelo governo durante a assembleia na capital mineira. A presidente do Sind-Ute em Uberaba, Maria Helena Gabriel, explicou que os servidores ainda estarão em greve até a próxima quarta-feira (12), para que todos da categoria cheguem em um acordo.
Durante a assembleia geral, o governo ofereceu reajuste de 7,64%, com envio do projeto de lei na primeira semana de junho e pagamento recebido a partir de julho, adicional de valorização da educação básica com pagamento no salário de abril, recebido em maio, e pagamento do retroativo – de janeiro a abril -, além dos retroativos dos reajustes , com pagamentos em 12 vezes a partir de janeiro de 2018. Também foram apresentadas propostas para concursos e carreiras da categoria.
“Os próximos três dias utéis servirão para que a comissão e o governo conversem e entrem em um acordo. Assim, nenhuma atividade voltará ao normal até o dia 12 de abril, para que a categoria tente a negociação. Vamos tentar antecipar os pagamentos e diminuir as parcela. Se não ficar nada acertado, a categoria vai se reunir e ver a possibilidade de retomada da greve”, explica Maria Helena.
A greve. A classe de educadores está em greve desde o dia 15 de março, mas não adere 100% das escolas uberabenses. Os profissionais manifestaram contra as reformas Trabalhistas e da Previdência e ainda se posicionaram contra a lei da terceirização. A classe chegou a fazer alguns atos na cidade, durante o período da greve.
Na última terça-feira, professores, estudantes e entidades sindicais estiveram no Calçadão da Arthur Machado recolhendo assinaturas da população que também é contra as reformas. O abaixo-assinado foi levado pelo Sind-Ute e pelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) aos deputados federais da cidade, no intuito de mostrar as vontades do povo antes da votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287.