Entre as reivindicações estão as melhores condições de trabalho, a valorização e seleção dos motoristas cadastrados e mais segurança. De acordo com o motorista Namir Lopes, o Uber cobra taxas abusivas dos profissionais, o que tem gerado pouco lucro.
“Queremos uma melhor taxação, já que hoje o preço mínimo da corrida é R$ 6. Está mais barato do que um mototáxi. Além disso, a empresa cobra da gente 25% de taxa por corrida. No fim das contas, acabamos ganhando centavos. Isso não é uma coisa que acontece só em Uberaba, não. É uma reivindicação nacional”, diz.
Segundo o profissional, já são cerca de 400 motoristas cadastrados em Uberaba, mas nem a metade deles atua por medo da apreensão de veículos, como já aconteceu algumas vezes na cidade.
A classe também pede uma maior divulgação das vantagens em usar o aplicativo. Segundo os motoristas, a demanda de clientes ainda é inferior à quantidade de profissionais cadastrados. Para eles, o que falta, ainda, é uma confiabilidade por parte dos clientes.
Uberaba Popular entrou em contato com a assessoria do aplicativo Uber, mas até o momento não houve posicionamento por parte da empresa.
Uber em Uberaba. A atuação do aplicativo na cidade ainda é vista como ilegal e clandestina, segundo os órgãos públicos. No mês passado, cerca de 50 motoristas se reuniram com o secretário de Defesa Social, Trânsito e Transporte (Sedest), Wellington Cardoso Ramos, para avaliação da operação do Uber em Uberaba.
Durante reunião, os motoristas reclamaram das apreensões feitas aos carros da Uber. Eles disseram que estavam sendo vítimas de “emboscadas”, no qual uma mulher, que usa da falsidade ideológica no aplicativo, para solicitar a corrida e levar o motorista ao destino final, onde o fiscal está.
Na ocasião, Ramos disse que que o Administrativo não é a favor e nem é contra o uso o Uber. “O que a Administração quer é que haja uma prestação de serviço para a comunidade. Só que neste momento a atuação do Uber em Uberaba é totalmente irregular. Pelas leis hoje em vigor, a prestação de serviço do Uber é clandestina e, como tal, deve ser combatida. O que legitima o transporte de passageiros é o credenciamento do município”, explicou o secretário.
Após a reunião, nada foi acordado. Segundo o secretário, a solução para que os profissionais tentem regularizar a ação do Uber na cidade, é montar uma proposta de regulamentação para que seja estudada por parte do administrativo.
Os motoristas afirmaram que continuarão lutando para exercer a profissão na cidade.