Por um segundo feche os olhos e pense em um mundo, talvez não o mundo todo, mas pense no mundo ao seu redor.
As cores, os cheiros, os sons, os gostos, os sentimentos, os laços e traços que desenham as formas que te rodeiam. Inverta a meditação costumeira e ao invés de perceber o vazio, sinta o preenchimento de vida que há em tudo, infle pensamentos, traga o que vier para sua cabeça, talvez para o coração e deixe a respiração ofegante de tanta coisa.
Pausa.
Agora feche os olhos e imagine este mesmo mundo, ou pode até ser o mundo todo, sem nada de arte, sem nenhuma criação, manifestação, ação artística, sem pintura, sem dança, sem teatro, sem cinema, sem gastronomia, sem música.
As mesmas cores, cheiros, sons, gostos e sentimentos vieram à tona?
O que preenche seus dias sem você perceber?
O que faz sentido ou que não faz sentido nenhum quando imaginamos um mundo sem o fazer artístico?
Qual a relação da arte com os nossos sentidos mais íntimos e particulares?
Não sei, mas acredito que cada um tem sua resposta de olhos fechados ou não.
O meu mundo tem muito mais cor, sabor, som e sentimento quando percebo arte em tudo que imagino.
Pausa.
De novo e só por mais um segundo abra seus olhos, qual o mundo você vê?